sábado, 30 de dezembro de 2017

você não me atende há dois dias. só porque te contrariei, que na verdade é o que eu faço de melhor. ultimamente não tenho tido paciência pra ser outra pessoa além de mim. não sei se tem a ver com os astros ou qualquer outra coisa, mas finalmente estou sendo o que tenho que ser, nem que isso custe o seu desprezo. no chuveiro penso em algo pra te dizer, algo que eu poderia gritar enquanto você andaria por qualquer lugar, dizendo que se recusa a escutar conversa de gente descontrolada. na real, você se recusa que pense diferente de você. você se recusa que os meus desejos sejam diferentes do seu. pela primeira vez o seu medo não me assusta. antes, qualquer ação sua me tirava do eixo, me fazendo ter falta de equilíbrio, achando que a qualquer momento você poderia ir embora. hoje não mais. veio um no meio dessa trajetória que me fez olhar pra dentro e vi que queria ficar, que ainda saberia ficar e que através disso eu respeitaria a mim, iniciaria a partir dessa catástrofe uma nova jornada nesse negócio que a gente vive, que eu chamo de casamento e você retruca dizendo não ter nenhuma aliança no seu dedo. nessa nova jornada desse negócio que você não diz ser o que é e eu penso diferente fui experimentando coisas novas juntas a ti e outras não, porque meu bem, antes de você, existe eu. eu só, que é capaz de te amar, mas que também é capaz de outras vidas, que existe contigo e sem tigo. ás vezes choro. hoje, na merda do 3212, que demorou uma hora e quarenta minutos pra chegar no devido lugar eu chorei. chorei e pedi ajuda a qualquer força do universo, que me ajudasse a estar inteiro pra qualquer coisa que viesse a acontecer, o mar ou não. que geografia estranha essa no dia 30.

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